...a definição de amor mais próxima de minha realidade foi feita pela personagem de Meg Ryan num filmezinho meia-boca chamado Addicted to Love (Lente de Amor).
Tá no youtube, "meg ryan explains what love is"
Meu pai tem sido meu termômetro: ele sempre foi meu "melhor homem do mundo", uma criatura tão verdadeiramente perfeita que , por vezes, me atrapalhou.
Meu grau de exigência com seus pares sempre foi muito elevado, nunca aceitei a ideia de trocar experiências com qualquer homem que não chegasse aos pés do meu pai .
E como alcançar esse patamar?
Um homem que começou sozinho, do nada, e construiu uma família com valores sólidos, princípios de dignidade, honestidade, verdade.
Trabalhou muito, além da conta, para dar casa, comida, instrução aos herdeiros, conforto e proteção à mulher e aos filhos.
Nunca falou um palavrão, nunca traiu, nunca ofendeu ninguém. Nunca me machucou, só fez amar.
Até 2005, até o câncer...
Os remédios mantiveram a vida desse homem tão admirado, mas acabaram com meu pai.
No início deste ano, ele me olhou como se não me visse; não tinha mais aquela doçura no olhar, mas carregava algo estranho naquela expressão, quase um ódio.
Passou a dizer coisas nunca ditas, passou a agir como um homem comum...
E ele tá velhinho, frágil, entra e sai de hospitais com hemorragias, um sofrimento físico de cortar qualquer coração. E faço tanto quando posso para fazer bem a ele, dar carinho, conforto, sem saber ao certo até que ponto ele percebe isso tudo... Nunca sofri tanto, nunca.
Em mim, algo mudou também. Ter de vê-lo assim, tão diferente, só
pode ter um motivo: ao seu modo, meu pai está tentando me dizer que não existe aquilo em que eu acreditava. Existem humanos, não ídolos - e meu pai é tão magnífico que está me fazendo enxergar isso antes de partir.
Te amo, pai, muito obrigada por tudo - inclusive por me tratar, agora, como uma qualquer.
Meu grau de exigência com seus pares sempre foi muito elevado, nunca aceitei a ideia de trocar experiências com qualquer homem que não chegasse aos pés do meu pai .
E como alcançar esse patamar?
Um homem que começou sozinho, do nada, e construiu uma família com valores sólidos, princípios de dignidade, honestidade, verdade.
Trabalhou muito, além da conta, para dar casa, comida, instrução aos herdeiros, conforto e proteção à mulher e aos filhos.
Nunca falou um palavrão, nunca traiu, nunca ofendeu ninguém. Nunca me machucou, só fez amar.
Até 2005, até o câncer...
Os remédios mantiveram a vida desse homem tão admirado, mas acabaram com meu pai.
No início deste ano, ele me olhou como se não me visse; não tinha mais aquela doçura no olhar, mas carregava algo estranho naquela expressão, quase um ódio.
Passou a dizer coisas nunca ditas, passou a agir como um homem comum...
E ele tá velhinho, frágil, entra e sai de hospitais com hemorragias, um sofrimento físico de cortar qualquer coração. E faço tanto quando posso para fazer bem a ele, dar carinho, conforto, sem saber ao certo até que ponto ele percebe isso tudo... Nunca sofri tanto, nunca.
Em mim, algo mudou também. Ter de vê-lo assim, tão diferente, só
pode ter um motivo: ao seu modo, meu pai está tentando me dizer que não existe aquilo em que eu acreditava. Existem humanos, não ídolos - e meu pai é tão magnífico que está me fazendo enxergar isso antes de partir.
Te amo, pai, muito obrigada por tudo - inclusive por me tratar, agora, como uma qualquer.
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