eu não sou louca, juro!


Vou contar uma história, acho que quem não me conhece vai achar que é mentira, pena!
Tenho mania de conversar com os cachorros dos outros na rua. Esqueço que eles vêm "acompanhados" dos donos. Quando me dou conta da vergonha, já foi! Ou me divirto ainda mais quando faço a pergunta e o dono responde com a voz mudada, como se fosse a do seu cachorro.
Outro dia, fui ao supermercado a pé e encontrei um dachshund passeando na rua junto com seu amiguinho poodle. Achei o salsicha tão lindinho e perguntei: "Você é filhotinho?" e senhora simpática que comandava a coleirinha respondeu que não, que ele já tinha 2 anos. Elogiei o cachorrinho falando que deveria ser muito bom ter sempre um filhote em casa. E continuei meu caminho.
Depois de uns 15 minutos voltei para a casa e fui para o elevador de serviço. Quando a porta estava quase se fechando, entra o salsichinha, sozinho dessa vez.
Primeiro perguntei se ele morava no prédio, depois em que andar e ainda falei que eu morava no oitavo. Na mesma hora, a senhora simpática que agora estava assustada puxou a porta do elevador e entrou com o poodle. Ela me viu conversando com o cachorro dela!
Ai que me pergunto? Por que fui conversar com o cachorro como se ele pudesse responder?
Não tem explicação? Eu tenho. Quem já teve cachorrinho ou gatinho, sabe o que tô falando. A gente cria amor fácil, fácil!
Ahhh só para completar, o salsicha estava visitando uma amiga no quinto andar!

inveja de paulistano

Um caríssimo colega sugeriu há pouco que "paulichta" sente inveja do Rio de Janeiro. Sempre considerei o Rio simplesmente belíssimo. Isso foi motivo de várias desavenças com conterrâneos xiitas, por assim dizer. Os menos bairristas ainda tentavam argumentar: "não é nada contra a cidade, o povo de lá é que não desce". E eu, firme e forte, alegando que havia uma dose exagerada de provincianismo nisso, que existem criaturas 'malas' de todas as naturalidades - no Rio e fora dele -, que afinal somos todos brasileiros e que deveríamos nos orgulhar da Cidade Maravilhosa e blá, blá, blá.

Convivi por vários anos com alguém de lá. Ele e sua família eram tipicamente cariocas: alegres,
debochados, o sotaque característico. Vez por outra, faziam alguma 'comparação' (se é que é
possível comparar um diamante com o ouro...). E riam, jocosamente, sem maiores discussões, cariocamente. Pouca coisa mudou em minha opinião nesses últimos anos em relação ao Rio, mas tenho de admitir que alguns cariocas 'perderam a mão'. Imagino que, por conviverem com tantos desmandos em sua ainda bela cidade, tendo de defendê-la como fariam com um filho que se meteu em encrencas, alguns deles tornaram-se irascíveis.
Ultimamente, tenho notado reações novas, que nada têm a ver com a boa e velha malandragem dos cariocas da gema.
Paulistano que é paulistano não perde tempo com esse tipo de conversa. Só quando sobra algum e, invariavelmente, pra fazer o visitante sentir-se enturmado - seja do Rio, do Sul, do Nordeste ou de Goiás... E é desagradável quando o 'hóspede' reage mal, quando ofende nossa casa. Ao nosso ver, trata-se de uma postura no mínimo indelicada a de cuspir no prato em que se come. São bem-vindos e criticam? Que feio!!
Por essas e outras, jamais verão suas cidades chegarem à grandeza de São Paulo. A arte de ser maior, de liderar, demanda sabedoria. Por isso, São Paulo é o que é, por causa da inteligência dos que aqui nascem e crescem - e que, inclusive, aceitam a mão-de-obra de fora, geralmente mais barata, para trabalhar em favor de nosso crescimento.
No caso dos filhos da capital fluminense, nem tudo está perdido. Há os cariocas legítimos, que conseguem fazer da insolência uma característica apaixonante. Como o motorista do táxi que nos levou da Barra ao Santos Dumont, no final do ano passado. O sujeito estava se divertindo com os quatro paulistanos dentro de seu carro. Risonho, simpático e extremamente veloz, o rapaz mandava ver quando avistava algum motoqueiro pela frente. Metia o pé no acelerador, eventualmente a mão na buzina, e ai do motoqueiro se não saísse do caminho. E tripudiava das histórias oriundas de Sampa, onde motoqueiro faz o que quer.
"Aqui nu Ri-u é u seguintch: a lei du maich fortch. Eu não me meto a beichta com caminhão, maich motoqueiro ninhum se mete a beichta cumigu, valeu? Aqui não é como em São Paulo, que motoqueiro manda, não!"
Nesse aspecto, reconheço: que in-ve-ja!!

Estou 'marginal sem número'

...minha amiga blogueira perguntou hoje se eu já havia superado minha 'crise'. É difícil responder com clareza... nesse mar de informação que nos cerca dia a dia, corre-se o risco até de não saber de onde vem o estresse. Seria o trânsito? Os pedintes? Os políticos? As contas? O trabalho, os problemas dos entes queridos? Sei não. Pra tentar explicar metaforicamente, se eu fosse um clube paulistano, neste momento, seria o (ops!!!) Corinthians.
Mas, afinal que culpa têm os que nos visitam aqui? Humildemente, peço desculpas. Só sei que estou muito cansada, muito... E só há, como no futebol, uma saída: bola pra frente...

PÕE NA CONTA.

Hoje fui ao açougue. Entreguei meu pedido de compra do mês e fiquei aguardando, no caixa, conversando com a funcionária.
Vi uma coisa que achava que não existia mais. Uma senhora comprou seu quilinho de carne moída e pediu pra "marcar".
Saiu correndo... " Ainda vou fazer o almoço"!
A moça do caixa sacou um caderninho e "marcou"!
Não me contive. Perguntei se era aquilo mesmo. "Muita gente tem conta aqui no açougue", afirmou ela.
Por comodidade ou por dureza mesmo, quando era pequeno, ia à "quitanda", trazia as coisas pra minha mãe e pedia pra marcar.
Lembro-me bem disso. Pagávamos só no final do mês. Era mais fácil - não precisava ter dinheiro na mão todo dia - e quando não tinha o dinheiro, principalmente.
Isso nos idos de 70 e pouco... Coisa só vista, atualmente, em cidade pequena, onde todo mundo confia em todo mundo.
E pensar que existem lugares que não te deixam ficar devendo alguns centavos... Preferem trocar o dinheiro a deixar faltar umas moedinhas.
Uma mania horrível na cidade, por falar em troco, é aquela : "pode ser uma balinha?", como aquele comercial, veiculado há pouco tempo na tv.
Isso acontecia também com o ticket - refeição, na época em que era de papel. Você saia obrigatoriamente com um contra-vale de troco. Muitas vezes de um lugar que você tinha a certeza de que nunca mais voltaria lá. Fazer o quê?
Um dia paguei um café e um bolo, dei um ticket de R$6,00 (havia gastado exatos R$3,00) e pedi pra "caixa" um ticket de R$3,00 de troco. Quem se lembra sabe: Tinha os de 3 e os de 6. Ela alegou que não podia, porque aquilo não era dinheiro, pra poder dar de troco. Imaginem o tamanho da briga. "E contra-vale é troco???"
Malandragens de cidade grande, que, no fim, nos ajudam a ficar cada vez mais espertos com esses espertos.
Pra variar, essa história me lembrou uma piadinha...
Mas acho que não dá pra contar aqui...ou dá?
Ah, quem não quiser que não continue lendo....
O Joãozinho sempre ia à farmácia e pedia: "Seo Zé, me dá um rolo de papel pra limpar a bunda?!".
E depois ainda gritava, ao sair: "Marca na conta da minha mãe..."
Um dia o farmacêutico deu uma bronca no moleque. "O certo é você falar papel higiênico, vê se aprende!"
Uma semana depois o Joãozinho volta. Farmácia lotada. Super educado, pede: "Eu quero um rolo de papel higiênico!".
O seo Zé, feliz da vida com o resultado da bronca, entrega e pergunta: "É pra marcar, né?" O menino responde: "Não, é pra limpar a bunda, mesmo..."

Pastel, o quitute paulistano!

Pastel, pastel, pastel. Todos os dias acordo com vontade de comer um, mas não é qualquer um. É o da feira de rua, do japones, feito na hora, crocante e com pouco recheio. Aquele que se esperar 5 minutos para comer, já não fica tão bom.
Quando era um pouco mais nova, eu e minha irmã gêmea passamos as férias comendo pastel todos os dias! Que delícia, as duas sabiam de cor em que rua a gente iria encontrar um quentinho qualquer dia da semana. Chegamos ao ponto de ficar perseguindo a mesma barraca de pastel em dias diferentes! Na quarta era no Pacaembu, na quinta na Lapa, na sexta na Pompéia. Engraçado, né, na época era vício!
O SPTV da TV Globo está fazendo uma pesquisa entre os paulistanos para descobrir qual é o prato típico da cidade. Os concorrentes são: pastel (claro!), pizza de marguerita, sushi, bauru, esfiha, virado a paulista, spaghetti ao sugo, feijoada ligth, cuscuz paulista e churrasco rodízio.
A pesquisa vai até novembro, mas a discussão, essa não vai acabar.
Como pode um sushi ser a cara da cidade, nem todo mundo come peixe cru. A feijoada, essa tudo bem, todos os restaurantes e bares da cidade servem aos sábados, faça muito sol ou frio, mas light?! Bauru, sanduba com nome de uma cidade do interior, não! Esfiha? Não seria melhor a famosa e temida coxinha?
E as comidinhas esquecidas, o cachorro quente e o churrasquinho grego, os dois custam um real no centrão e o corajoso ainda ganha um suquinho de troco.
Até agora, a pizza de marguerita está na frente com 33%, depois vem o virado a paulista (com 18%) e em singelo terceiro lugar encontra-se o meu desejado pastelzinho! Pelo menos, fica no pódio.
Vote, deixe a sua opinião

DIVORCIO DE SÃO PAULO?

...ME ENCONTRO EM UMA SITUAÇÃO DEVERAS INCÔMODA, POR AGORA. INTEGRO UMA EQUIPE DE PAULISTANOS REUNIDOS PARA FALAR A RESPEITO DE SÃO PAULO. O PRESSUPOSTO: SE FUI CONVIDADA PRA FALAR SOBRE MINHA CIDADE É PORQUE DEMONSTRO FREQÜENTEMENTE MINHA ADMIRAÇÃO POR ELA.
MAS O QUE A GENTE FAZ QUANDO A PAIXÃO ‘ESFRIA’?
TENHO OUVIDO MUITA GENTE FALAR SOBRE SEPARAÇÃO, E O MAIS IMPRESSIONANTE, AO MEU VER: O FAZEM COM UMA NATURALIDADE DESCONCERTANTE.
VEZ POR OUTRA – COMO ACONTECEU ESSA SEMANA, NUM ELEVADOR – ALGUÉM EXPRESSA UM CERTO DESCONFORTO, DOR ATÉ, PROVAVELMENTE POR TER PASSADO POR UMA E NÃO TÊ-LA AINDA SUPERADO... MAS ISSO É RARO. POUCA GENTE AINDA SOFRE DESSE MAL. QUANDO A PAIXÃO ESFRIA É ‘BOLA PRA FRENTE’, ACOMPANHADO DE UM TAL DE ‘A FILA ANDA’.
O FATO É QUE EM NOSSA SOCIEDADE, A SEPARAÇÃO DOS CASAIS TORNOU-SE TÃO VULGAR QUANTO A MAIORIA DOS MOTIVOS QUE LEVAM A ELA. NA MINHA OPINIÃO PARA QUE UMA SEPARAÇÃO SE DESSE SERIA PRECISO, POR ASSIM DIZER, BEM MAIS QUE UMA NOVA BARRIGA-DE-TANQUINHO...
QUANDO CASEI, ESTABELECI UMA REGRA – “É PARA SEMPRE” - COM TRÊS EXCEÇÕES: TRAIÇÃO, CORRUPÇÃO OU FIM DO AMOR. LEVANDO EM CONTA O QUE (NÃO) ACONTECEU AO LONGO DE ALGUNS BONS ANOS, NOTEI QUE UMA DAS TRÊS EXCEÇÕES CRIADAS POR MINHA CABECINHA IMATURA ESTAVA EM CURSO – DEPOIS DA SEPARAÇÃO, ME DEI CONTA QUE UMA SEGUNDA EXCEÇÃO TAMBÉM HAVIA SE MANIFESTADO AO LONGO DA UNIÃO. E DESCONFIO QUE A TERCEIRA, POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, ESTÁ EM ANDAMENTO....
PORTANTO EU TIVE MOTIVOS REAIS PARA PEDIR O DIVÓRCIO. TENHO, ASSIM, MORAL O BASTANTE PARA GARANTIR QUE O ‘ESFRIAMENTO’ DE UMA PAIXÃO POR SI SÓ NÃO É EM ABSOLUTO MOTIVO PARA UMA SEPARAÇÃO.
POR EXEMPLO: SINTO ÓDIO, ÓDIO, POR NÃO TER O DIREITO DE FICAR QUIETA NO MEU CANTO QUANDO PARO NO SINAL. POR SER OBRIGADA A DESVIAR MINHA ATENÇÃO DO RÁDIO, OU DO SEMÁFORO, OU DA PAISAGEM QUANDO UM AMBULANTE COLOCA INADVERTIDAMENTE AS MÃOS NO MEU CARRO PARADO PARA OFERECER UMA VENDA QUALQUER. ISSO É AVILTANTE! PRA MIM, É COMO SE O CARA ESTIVESSE PONDO A MÃO NA MINHA BUNDA – E EU LÁ, FORÇADA A NÃO REAGIR. A MINHA VONTADE, MUITAS VEZES, É DESCER DO CARRO E ARREBENTAR O INFELIZ COM TODAS AS MINHAS ENERGIAS MUSCULARES. DEPOIS, ME TELETRANSPORTAR A BRASÍLIA COM UMA BAZUCA NO OMBRO E ATIRAR NO NOS PARLAMENTARES, NOS CONGRESSISTAS, NO PRESIDENTE.
MAS EM SÃ CONSCIÊNCIA: ISSO SERIA POSSÍVEL? RESOLVERIA MEUS PROBLEMAS? MAIS QUE ISSO: SERIA DETIDA SÓ POR AMEAÇAR AGREDIR UM AMBULANTE!! EU, QUE PAGO 27,5% NA FONTE, FORA OS IMPOSTOS EMBUTIDOS (DINHEIRO QUE CERTAMENTE NÃO VAI PARA O AMBULANTE QUE ME APORRINHA A CADA ESQUINA). E, AGORA, VEJO O PRESIDENTE DO SENADO IMPUNE, A CPMF ETERNIZADA...
HAJA ESFRIAMENTO!!DEVO ME SEPARAR DE SÃO PAULO?
NÃO FOI POR FALTA DE OPÇÃO QUE PERMANECI NESTA CIDADE . TIVE ENE OPORTUNIDADES DE SAIR DAQUI, DO PAÍS ATÉ. MAS PENSO QUE NÃO É ASSIM QUE A BANDA TOCA. AINDA ACREDITO QUE SÃO PAULO VAI MUITO ALÉM DE UMA BARRIGA-DE-TANQUINHO . AINDA MAIS PORQUE DAQUI A UMA SEMANA, A TPM TERÁ ACABADO...

Não sou!


A campanha "eu não sou de plástico" é da Secretária do verde e meio ambiente de São Paulo. A idéia é simples, levar sua própria sacola aos supermercados, daquelas de pano do tempo do vovó! Uma sacola plástico demora mais de 100 anos para voltar a ser pó. Alguns supermercados como o Santa Luzia e o Empório São Paulo oferecem sacolas de papel, que além de agüentarem mais peso, são mais confortáveis para carregar. Em alguns lugares da europa, as sacolas plásticas são cobradas, e há muito tempo. A discussão não é o valor!
As iniciativas são poucas, mas existem. Nossa "cidade de concreto" tem nove supermercados Pão de Açucar que estão recebendo óleos de cozinha. O óleo é transformado em biocombustível. Só para saber, um litro óleo sujo jogado no ralo, pode afetar 1 milhão de litros de água, um milhão!
Outro produto complicado é a pilha comum, NÃO jogue no lixo comum! Elas contêm mercúrio, chumbo, zinco, um montão destes metais que vazando na terra podem alcançar os lençóis de água, e ai já viu, né! O Carrefour e a Drogaria São Paulo recebem essas pilhas e encaminham para a empresa fabricante.
A palavra é proteger. Pelo menos, o que ainda podemos!

Liberdade, liberdade

É difícil conhecer tudo que uma cidade como a nosssa oferece.
Tantos restaurantes, feirinhas e cantinhos escondidos. Tantas pessoas, receitas e segredos.
Eu tenho uma dica que se encaixa perfeitamente.
É a feira do bairro da Liberdade, um bairro típicamente oriental no centro da cidade. Para quem quer comer uma comidinha diferente, vale a pena ir lá.
É como se fosse uma feira-livre, mas lá só se vende guloseimas, desde as mais comuns até aquelas que mesmo pedindo explicação, a cara de ??? continua, não exclusivamente pela comida, e sim por não entender que os "olhinhos puxados" tentam explicar.
Vou dar alguns exemplos: espetinhos de camarão e de polvo, tempurá, yakisoba (macarrão ou bifum), guioza e bolinhos de feijão (manju), feitos na hora e quentinhos.
A movimentação de gente não para. Os maiores problemas são, escolher o que experimentar e comer de pé. É, infelizmente não tem lugar para se sentar.
De sobremesa, é obrigação passar na Bakery Itiriki, fica na saída da feira, na rua dos estudantes. É uma padaria bem diferente. Produtos expostos, e os clientes com uma bandeja e um pegador de cozinha, ficam à vontade. Recomendo um docinho de manju com morango, maravilhoso! Eles também vendem o sorvete típico dos orientais. Sorvete de melão, esse eu não gosto, mas é um sucesso nas ruas!
A feira acontece na praça da Liberdade, funciona aos sábados e domingos das 10h às 18h.
Acho que amanhã vou lá!