PÕE NA CONTA.

Hoje fui ao açougue. Entreguei meu pedido de compra do mês e fiquei aguardando, no caixa, conversando com a funcionária.
Vi uma coisa que achava que não existia mais. Uma senhora comprou seu quilinho de carne moída e pediu pra "marcar".
Saiu correndo... " Ainda vou fazer o almoço"!
A moça do caixa sacou um caderninho e "marcou"!
Não me contive. Perguntei se era aquilo mesmo. "Muita gente tem conta aqui no açougue", afirmou ela.
Por comodidade ou por dureza mesmo, quando era pequeno, ia à "quitanda", trazia as coisas pra minha mãe e pedia pra marcar.
Lembro-me bem disso. Pagávamos só no final do mês. Era mais fácil - não precisava ter dinheiro na mão todo dia - e quando não tinha o dinheiro, principalmente.
Isso nos idos de 70 e pouco... Coisa só vista, atualmente, em cidade pequena, onde todo mundo confia em todo mundo.
E pensar que existem lugares que não te deixam ficar devendo alguns centavos... Preferem trocar o dinheiro a deixar faltar umas moedinhas.
Uma mania horrível na cidade, por falar em troco, é aquela : "pode ser uma balinha?", como aquele comercial, veiculado há pouco tempo na tv.
Isso acontecia também com o ticket - refeição, na época em que era de papel. Você saia obrigatoriamente com um contra-vale de troco. Muitas vezes de um lugar que você tinha a certeza de que nunca mais voltaria lá. Fazer o quê?
Um dia paguei um café e um bolo, dei um ticket de R$6,00 (havia gastado exatos R$3,00) e pedi pra "caixa" um ticket de R$3,00 de troco. Quem se lembra sabe: Tinha os de 3 e os de 6. Ela alegou que não podia, porque aquilo não era dinheiro, pra poder dar de troco. Imaginem o tamanho da briga. "E contra-vale é troco???"
Malandragens de cidade grande, que, no fim, nos ajudam a ficar cada vez mais espertos com esses espertos.
Pra variar, essa história me lembrou uma piadinha...
Mas acho que não dá pra contar aqui...ou dá?
Ah, quem não quiser que não continue lendo....
O Joãozinho sempre ia à farmácia e pedia: "Seo Zé, me dá um rolo de papel pra limpar a bunda?!".
E depois ainda gritava, ao sair: "Marca na conta da minha mãe..."
Um dia o farmacêutico deu uma bronca no moleque. "O certo é você falar papel higiênico, vê se aprende!"
Uma semana depois o Joãozinho volta. Farmácia lotada. Super educado, pede: "Eu quero um rolo de papel higiênico!".
O seo Zé, feliz da vida com o resultado da bronca, entrega e pergunta: "É pra marcar, né?" O menino responde: "Não, é pra limpar a bunda, mesmo..."

4 comentários:

Anônimo disse...

Delícinha, RP!!! e a anedota foi a cereja do bolo, hehehehe WW

Silvana Monteiro disse...

a WW disse tudo!!!!!
piadita boa..
rsrsrs....
bjs,

Anônimo disse...

Sempre uma piadinha divertida, e agora, suja!
Quando era pequena, lembro de ter visto "vendo fiado" e até pedir explicação, pensei que fosse viado escrito errado!
É.. era ainda mais loira.
bj
Marcela

Aline disse...

hahaha!!! Boa Renezito!! Sabe, logo que cheguei aqui fiquei espantadíssima! Não tem esse negócio de balinha, chicletinho, nada disso. o troco é certinho, até com moedinhas de um centavo!!
É...
Beijos.